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Ano IV - Nº 151 |
Quase um irmão gêmeo do Sol |
Space.com - 7 de janeiro de 2004 |
Os números impressionam: ela tem quase a mesma massa, temperatura, período de rotação e idade. E já está na mira dos caçadores de planetas. É a estrela 18 Scorpii, situada a 47,5 anos-luz de distância, na constelação de Escorpião. mas assim como os gêmeos humanos, as estrelas também têm diferentes "impressões digitais", no caso, 18 Scorpii é ligeiramente mais quente que o Sol (5.789 K comparados aos 5.777 K do Sol), parece girar um pouco mais rápido (23 dias, contra os 25 da rotação do Sol no equador), tem 4,2 bilhões de anos de idade (o Sol tem 4,56 bilhões) e possuí uma massa 1% maior (além de diâmetro e luminosidade respectivamente 2% e 4% maiores). Ainda assim é a estrela mais parecida com o Sol já observada, apresentando, inclusive, um ciclo de atividade aparentemente muito semelhante ao ciclo solar de 11 anos. 18 Scorpii é visível para os observadores na Terra, brilhando próximo a garra esquerda do Escorpião (atualmente visível a sudoeste, pouco antes do amanhecer, para o hemisfério Sul). |
Chuva de bolas de fogo na península Ibérica |
Astronomia no Zênite - 4 de janeiro de 2004 |
Ao final da tarde de 4 de janeiro surgiram relatos de "bolas de fogo" no céu do norte da Espanha, também relatadas por muitas testemunhas em Portugal. Foram registradas observações desde o oeste espanhol até as Ilhas Baleares, incluindo Valência, Madrid e Leon. Os relatos as descreviam em tons de vermelho, laranja e verde. As três hipóteses mais prováveis são um meteoro, a queda de meteoritos ou a reentrada de um objeto artificial na atmosfera terrestre. O Orbital Information Group, da NASA, que mantêm controle sobre todos os objetos em reentrada provenientes de lançamentos orbitais descartou a última hipótese. A hipótese de um meteoro também não encontra respaldo frente aos relatos de "estrondos" e "trovões" acompanhados de pequenos fogos no solo. Tais sons indicam penetração atmosférica e podem ser indicativos de duas situações: o colapso terminal de um meteoro ou então a passagem para uma velocidade subsônica de um objeto na atmosfera (sonic boom). No entanto, para formar tal onda de choque o objeto deve ter descido abaixo dos 30 km de altitude. A duração do fenômeno ajuda-nos a esclarecer sua origem. Caso fosse a reentrada de um satélite, teria sido visível por mais de 30 segundos, enquanto um meteoro dura somente alguns segundos (satélites movem-se em velocidades da ordem de 7 km/s na reentrada, enquanto meteoros atingem de 26 a 60 km/s). Até o momento, a hipótese mais crível é que um fragmento de asteroide (originalmente com pelo menos 50 t), e que passou despercebido pelos astrônomos, penetrou na atmosfera no dia 4 de janeiro. Um impacto grave poderia ter acontecido na península Ibérica caso sua reentrada tivesse ocorrido de outra forma, ou se a sua massa fosse ligeiramente maior. |