Novidades do Espaço ExteriorAntena
 Ano III - Nº 144

Estação espacial faz cinco anos
Spaceflight Now - 20 de novembro de 2003

A Estação Espacial Internacional (EEI ou ISS, na sigla em inglês) atingiu hoje a marca histórica de cinco anos no espaço. O laboratório orbital cresceu de um solitário módulo sem tripulação para um complexo de pesquisas sem precedentes.

A estação já é o maior projeto de pesquisa espacial da história e ainda pode triplicar sua capacidade científica no futuro. A Rússia desempenhou um papel de fundamental importância: a primeira fase da ISS utilizou a Estação Mir, que também adicionou seus valiosos anos de experiência ao projeto.

O primeiro elemento de plataforma espacial foi o módulo russo Zarya, lançado de Baikonur, no Kasaquistão, em 20 de novembro de 1998. Duas semanas depois, o ônibus espacial Endeavour entregou o segundo elemento, o módulo norte-americano Unity.

Hoje mais de 80 toneladas de equipamentos estão na estação, que já orbitou a Terra mais de 29.000 vezes. O complexo vem sendo permanentemente habitado desde 2 de novembro de 2000. Os residentes (até agora 8 tripulações ou 22 pessoas) administraram pesquisas em bioastronáutica, ciências físicas e biologia espacial, entre outras.

Apenas no módulo norte-americano Destiny os astronautas já realizaram mais de 70 experiências diferentes. A órbita da ISS é inclinada 51,6° em relação a linha do equador e sua altitude é de 402 km. A EEI resulta do esforço conjunto de 16 nações: Alemanha, Bélgica, Brasil, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Itália, Japão, Noruega, Reino Unido, Rússia, Suécia e Suíça.

As estrelas quentes do Arco do Lince
ESA - 10 de novembro de 2003

Um misterioso arco de luz, observado por trás de um aglomerado de galáxias muito distante foi identificado como uma vasta região de formação de estrelas situado na constelação do Lince.

O chamado Arco do Lince está a 12.000 milhões de anos-luz e contém um milhão de estrelas azuis e brancas. Observá-lo é espreitar a intensa atividade de formação de estrelas nos tempos primordiais do Universo. A descoberta deste objeto único resultou de um estudo sistemático de aglomerados de galáxias distantes realizados através de vários telescópios de raios-X, ópticos e de infravermelhos.

O espectro do Arco do Lince mostra que suas estrelas são pelo menos duas vezes mais quentes que as estrelas centrais da nebulosa de Órion, com temperaturas superficiais de até 80.000°C.

São conhecidas regiões de formação de estrelas maiores e mais brilhantes que a nebulosa de Órion, mas nenhuma tão brilhante quanto o Arco do Lince, nem com um número tão elevado de estrelas quentes.

No Universo local, a temperatura das estrelas de grande massa não ultrapassa 40.000°C. Contudo, estrelas que se formaram a partir do gás primordial do Universo têm composição química diferente e podem possuir mais massa, conseqüentemente atingindo temperaturas de, talvez, 120.000°C! As primeiras estrelas do Universo podem ter tido centenas de vezes mais massa que o Sol.

Mas a composição química das estrelas do Universo atual, enriquecida com elementos químicos pesados, não permite que se formem estrelas com massa superior a 100 massas solares.