Novidades do Espaço ExteriorAntena
 Ano III - Nº 142

A fronteira final?
Space.com - 5 de novembro de 2003

A sonda Voyager 1 pode ter chegado a borda do Sistema Solar, limite da influência do Sol e onde começa o reino das outrras estrelas. Mas há controvérsias.

Os astrônomos acreditam que o terminador, onde as partículas supersônicas do vento solar se chocam com o protoplasma interstelar, esteja em algum lugar entre 85 e 120 UA (Unidades Astronômica) do Sol (1 UA é a distância da Terra ao Sol, ou 150 milhões de quilômetros).

Lançada em 1977, a Voyager 1 está hoje a 90 UA – mais distante da Terra que qualquer outra objeto feito pelo Homem, porém teoricamente ainda antes da fronteira final do Sistema Solar.

De qualquer forma, tudo indica que a Voyager 1 entrou numa região nova e nunca estudada de nosso sistema planetário. A Voyager 2, também lançada em 1977, está agora a 70 UA do Sol. Ambas missões exploraram todos os mundos gigantes e gasosos do Sistema Solar e estão cerca de três vezes mais distante do Sol que Plutão.

Cada espaçonave leva um disco de ouro que serve como uma "saudação para o Universo", contendo sons e imagens selecionadas para retratar a diversidade de vida e culturas da Terra.

Sol exibe tempestade espetacular
Space Weather - 4 de novembro de 2003

Os astrônomos não vão esquecer o último dia 4 de novembro, quando ocorreu a maior explosão já registrada no Sol. Na verdade toda a última semana deve entrar para a história da observação solar.

Nunca antes, num período tão curto, aconteceram erupções solares tão espetaculares como as registradas desde 28 de outubro deste ano. A maior delas se originou de uma gigantesca mancha solar na região ativa 10486 (com mais de dez vezes o tamanho da Terra). Seus efeitos foram relativamente mínimos na Terra.

Na verdade ninguém pode dizer com certeza o que pode acontecer com antecedência, porque o resultado depende da orientação do campo magnético de Terra em relação ao da tempestade solar. E o campo magnético da tempestade não pode ser medido até aproximadamente 30 minutos antes do choque.

A violenta erupção saturou os detectores de raios X do satélite GOES, que monitora o Sol, produzindo uma nova imagem a cada minuto. Embora nenhum problema mais sério tenha sido detectado, recentemente a sonda da NASA Cassini foi usada para registrar o "som" de um das maiores chamas solares observadas em décadas.

O som é produzido por elétrons movendo-se em altíssima velocidade, começando em alta freqüência até cair para freqüências mais baixas. A explosão ocasionou uma ejeção de massa coronal, arremessando bilhões de toneladas de partículas eletricamente carregadas que atingiram a Terra na quinta-feira, dia 29, mas sem chegar a causar interrupções no fornecimento de energia de países localizados em altas latitudes.

O último pico de atividade solar ocorreu em 2001, tendo diminuído desde então, razão pela qual o período recente é considerado ainda mais surpreendente. O próximo mínimo solar será entre 2006 e 2007.